O blog começou em 2009 com o registro de uma vida de Au Pair e se tornou referência para outras pessoas viverem a mesma experiência. O blog me trouxe novos amigos e uma série de acontecimentos que dão orgulho demais. Hoje temos aqui um resumo de textos aleatórios sobre qualquer assunto. Boa leitura!

segunda-feira, 22 de março de 2010

9 meses! Nasceu!

É como um parto. Dói muito sim, parece que demora uma eternidade, mas você tenta curtir cada pedacinho, cada etapa, seja com dor ou com felicidade. Dessa vez, resolvi comparar a vida de Au Pair com um parto normal, que dói pra caramba mesmo, e até agora não ouvi nenhuma mulher dizer que é uma "dor agradável". E desde quando dor é gostoso de se sentir? Que digam isso os masoquistas. Sai fora.
Vamos ver no que dá essa brincadeira.

No primeiro mês você curte o primeiro ultrassom, o primeiro vôo pros EUA.
No segundo, você começa a pensar no sexo do bebê, a adaptação num geral. 
No terceiro vem a vontade de começar a comprar as roupinhas. Eis que surge o que fazer com o dinheiro.
No quarto mês você pensa, será que foi um chute? Será que você está sentindo a coisa certa? Surge a homesick. Surge a preocupação com uma mistura de ansiedade.
No quinto mês, quando você já sabe o sexo, já tem o nome, você não se contenta com o que compra pro bebê. Eis a fase que a gente gasta com compras, com viagens e não se sente realizada. A saudade toma conta. Você começa a se descabelar.
No sexto mês, as dores começam aumentar com os chutezinhos, o bebê começa a pesar mesmo, então você começa a sentir aquelas vontades malucas. Comer banana com catchup, pedir camarão na moranga de madrugada, comer amendoim com arroz, essas coisas meio sem noção sabe? É nessa fase que a Au Pair quer pular de um prédio quando vê uma criança chorando. Caramba, como irrita não ficar em paz. Enquanto não se saciar, ficar em paz, não sossega. É uma fase sensível e maluca. Já se cansa um pouco de criança, mas não se cansa de viver nos EUA. Você quer e não quer voltar pra casa.
No sétimo mês, você já está curtindo tudo. Ninguém te xinga pelos seus pedidos loucos de madrugada, o quarto do bebê está quase pronto e você recebe elogios de toda parte. É quando já nos adaptamos com tudo e com todos. O inglês não é mais um bicho de sete cabeças, a família não te assusta mais, as crianças passam a ser "queridinhas" na sua vida mesmo sendo chatas, e todo mundo acha o máximo saber que você mora nos Estados Unidos da América. E você ainda continua fazendo compras. O melhor passatempo pra mulher.
No oitavo mês, você já se preocupa onde vai ter o bebê, continua tendo seu acompanhamento médico (os meetings) e ao mesmo tempo fica com receio de que o bebê venha antes do tempo premeditado. Pois é, quem já não pensou em deixar tudo pra trás e voltar antes pro Brasil? Nem que seja de relance, alguém já pensou nisso. Mas nada de acelerar. Deixe o tempo correr e vamos ver o resultado final. Tanto investimento, adaptação, compras, dedicação e estudos pra nada, não combina. Vai dar tudo certo. É o pensamento do oitavo mês.
No nono mês é isso, você já sabe que agora não tem mais saída. Vai nascer, vai ter o nome que você quer, vai ficar no quarto que você preparou, e se de alguma forma, não sair como você planejou, existem pessoas que te amam e torcem por você. E nada melhor do que estar "em casa". Vai ser tudo perfeito se você estiver com quem ama. Agora, nesse exato momento, vivenciando o nono mês, tenho uma análise fantástica de como conviver com pessoas extremamente diferentes, de como conhecer lugares te faz amadurecer, de como ter amigos malucos te dão força, de como a vida é tão simples pra ser pausada. É aquele papo de só sendo mãe pra saber o que é ser mãe. Um mundo de sentimentos misturados.
Nada melhor do que sofrer, sentir dor e saber que o resultado vai ser um bebê lindo. Esse bebê é o nosso futuro, que está bem ali, esperando pra triunfar, seja no Brasil, nos EUA, ou no Afeganistão. Não existe lugar pra coisa ruim, se seu coração só carrega coisas boas.

Nasceu! Nasceu a esperança, a força de vontade, a capacidade de superação aos outros e a mim mesma, a verdade sobre as pessoas que amo e o que é viver longe de quem amo, sobre as que convivo e sobre o que a vida pode te mostrar, seja com o bem, com o mal, ou com uma mistura deles. Claro que sempre é preciso renovar forças, mas a essência é essa. Superar e esperar.
Agora é só esperar o bebê começar uma nova etapa, falar, andar, de alguma forma, ele vai sempre surpreender. NÓS, Au Pairs, somos exemplos de superação de muita coisa, e nesse nono mês tenho certeza que cada uma de nós temos experiências inesquecíveis de cada detalhe vivido aqui. Viver aqui é estar dentro de uma bolsa d'água, assim como o bebê. Mas uma hora ela estoura, o médico dá um tapinha no bumbum, a gente chora, mas é só esperar um tempo e a gente sai falando e andando pelo mundo afora.
E olha que tem gente que adora tanto a coisa, que resolve ter outro filho. Renova o segundo ano de Au Pair hahaha. Tipo eu? =D

Parabéns meninas que aguentaram até agora a essa dor de parto!
22/03/2010 - 9 meses de Estados Unidos da América.

Beijos, M's.

6 comentários:

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  2. Parabéns Má!
    9 meses de SUPERAÇÃO! Adoro essa palavra, por que será,hein?rs...
    É isso aí,um futuro brilhante te espera, arrasa!
    Bjo Fê Definis

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  3. Ma que d mais.... conseguiu descrever exatamente ahhahh muitooo bom msm!

    parabenss pra noss.... e la vamos nos pro segundo filho ahhahah....

    bjoooo

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  4. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  5. Show...

    Mas eu abortei o segundo bebe! kkkkkkkkkkk

    Boa sorte pra quem quer mais!

    beijao!

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  6. Pois eh... entrei no meu nono hoje. Quanta coisa pra tras... eh soh Deus sabe o q esta por vir...
    Estava bem, mas agora estou sofrendo pois vou deixar em breve criancas q eu amo.
    Obrigada pelo texto...t adoro.

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M's