O blog começou em 2009 com o registro de uma vida de Au Pair e se tornou referência para outras pessoas viverem a mesma experiência. O blog me trouxe novos amigos e uma série de acontecimentos que dão orgulho demais. Hoje temos aqui um resumo de textos aleatórios sobre qualquer assunto. Boa leitura!

domingo, 31 de julho de 2011

Enquanto isso no Brasil...

De volta pro Brasil, cabeça a mil, muita coisa acontecendo. Ainda bem que são coisas boas. Desde que voltei só tenho que agradecer por tudo dar certo na minha vida. Quando fui morar fora e decidi viver uma cultura diferente, estudar e afins, fui consciente de tudo que poderia me acontecer, e uma coisa eu tinha em mente... que quando voltasse meu objetivo seria extremamente profissional. E assim está sendo. 

Quando você fica muito tempo fora, claro que dá um pouco de medo, você fica com vergonha dos erros de português, do ônibus que você espera e nem passa mais, do amigo que você visita e ele nem mora mais lá, do bar que você costumava ir e não funciona mais, e por outros motivos. Coloque uma coisa na cabeça: você ficou DOIS ANOS FORA. Dois anos não são dois dias, não são duas semanas, é tempo pra caramba e que como qualquer outra fase da sua vida, voa. O tempo voa. Nova Iorque é tudo de bom, é lindo, é top, é turístico, é. É tudo isso e muito mais, mas venhamos e convenhamos que estar perto da família é um preço impagável. O meu português enfraqueceu, o meu conhecimento por São Paulo diminuiu de certa forma, mas acordar e saber que é a sua cama, a sua casa, a sua família que está por perto não tem preço. Rever os amigos, tomar um suco de laranja natural, comer feijão feito na panela de pressão, comer brigadeiro de panela, tomar cerveja grande, rir alto na rua e cantar as músicas mais bregas quando anda de ônibus não se compara. O Brasil é cheio de defeitos, mas o vínculo com o país é forte e minha família está aqui. Talvez se eu não tivesse ninguém me esperando aqui, eu não voltaria. Digamos que o afetivo conta muito quando você fica fora. 

Não me apeguei muito aos bares e baladas quando cheguei. Tudo o que eu queria era passar um tempo com a minha família e amigos e matar a saudade. O segundo objetivo era arrumar um emprego e  não ter tempo pra pensar na vida e na saudade do Brazen Fox e da Times Square e do abraço do Ian e da Bec. Pois então, me organizei meses antes de vir e cheguei trabalhando na Brasil Brokers, e essa semana fui contratada pelo CNA. São dois empregos, uma vida social que vai ficar um pouco de lado, mas o profissional conta muito agora. Já curti, já fiz tudo que tinha direito, agora é hora de colocar os pés no chão e aproveitar o retorno do que plantei nos EUA. Ainda existe uma confusão na minha cabeça e o inglês fica aparecendo direto nas conversas, mas pensando bem, isso é ótimo. O conflito dos idiomas acaba virando piada, tirando como exemplo as gírias que comecei a levar ao pé da letra rs. É cada uma. 

Minha carpa na perna significa "tenho objetivos a seguir sempre" e assim vai ser a minha vida inteira. É meu lema. Meu objetivo nesse momento é me estabelecer profissionalmente, ganhar dinheiro e ser feliz perto dos meus amigos de verdade e da minha família. 

Ainda conto pra vocês as coisas que encontrei nesse Brasil e que me matam de rir. Num outro post talvez. 

E aos que morriam de saudades e de ansiedade, só pra avisar, eu ainda moro no mesmo lugar. Vai dizer que a distância é um problema agora? Se era só lorota, o tempo vai dizer. Uma boa amizade sempre precisa de um bom filtro. Ainda há tempo pra uma boa cervejada.

Super beijo! 

domingo, 24 de julho de 2011

De volta pro Brasil

Dois anos longe do país e consequentemente longe de todos os amigos e família parece tarefa fácil quando você diz que morou em Nova York, mas não é bem por aí. Foram muitos momentos de alegria, de viagens, de descobertas, de coisas ótimas, mas a solidão fez companhia muitas vezes. Agora de volta pro Brasil a primeira sensação é que não estarei sozinha mais. Por um lado faz sentido, mas por outro todos os amigos tomaram um rumo na vida enquanto estava fora o que me deixa um pouco confusa. Mesmo com os amigos seguindo suas vidas, nada se compara em ter eles a alguns bairros de distância do que um continente. Voltar é sensação de dever cumprido, de objetivo concluído com sucesso. Voltar pro Brasil não é um bicho de sete cabeças. Foi o país onde nasci e vivi e o melhor é que todos falam a minha língua. Achava que seria bem mais difícil, mas sinto que tudo o que vivi nos Estados Unidos foi um sonho e agora caí da cama, acordei e é hora de viver a realidade. São Paulo continua sendo São Paulo com muito trânsito e muita gente. Já consegui um emprego, e já sinto que as coisas estão dando certo. O medo de voltar é normal, mas tanto o Brasil quanto o mundo precisam de mais pessoas com essa força que nós, Au Pairs, mochileiros, intercambistas, estudantes, temos. Viajar é aprender e voltar é viver mais ainda e ensinar tudo o que aprendi em parcelas. A cada reencontro é uma história. Deu tudo certo e me sinto extremamente feliz.

Tive muito estresse com o vôo escolhido pela a agência Au Pair in America. A empresa LAN Airlines informou peso e valor errado no site e no 0800 para embarcar pro Brasil, o que fez com que eu e a Tássia, a amiga que voltava comigo, ir para o aeroporto com 9 malas de 32kg, sendo que as duas primeiras seriam sim
32kg, mas as outras seriam 23kg. Devido a informação errada pagamos um absurdo por excesso. E o problema estava só começando com essa companhia aérea. O vôo atrasou 2 horas em NYC, o que nos faria perder a conexão no Chile. A empresa LAN Airlines cobra bagagem por rota, portanto pagamos para despachar para o Chile e do Chile para o Brasil o que deixou ainda mais caro as malas. Além de tudo isso, ainda fui obrigada a despachar uma mala de mão, porque contaram minha mochila como mala e não como item pessoal. Briguei mesmo, discuti, mas a empresa fez com que pagássemos a mais para embarcar ou as malas ficariam no aeroporto.
Quando chegamos no Chile, no balcão da LAN disseram que nossa conexão estava atrasada e que sairia em 10 minutos, então corremos, corremos e corremos e ao chegar no portão de embarque disseram que no tal dos 10 minutos ditos anteriores eles passariam informações sobre o vôo, ou seja, nem lá o avião tava e disseram pra gente ir logo. O avião chegou, demorou e decolou. Agora a melhor parte da palhaçada dessa companhia foi ao chegar no Brasil. Lembra do barraco que dei em NYC e que pagamos um absurdo nas malas? Então, não adiantou porcaria nenhuma pra que eles tivessem mais responsabilidade. Chegamos no Brasil, e nossas malas não. Esperamos todo mundo pegar a bagagem e as nossas malas não estavam no Brasil. Fomos reclamar e as malas estavam no Chile. Me fala se tem organização e responsabilidade uma empresa que só nos causou transtorno? As malas demoraram um dia pra ser entregue na minha casa. Pode ter certeza que a LAN eu não indico pra ninguém. Viajei pra tudo quanto é canto, peguei mais de 20 vôos e nunca nenhuma companhia foi tão irresponsável e incoerente como essa. Um Lixo Airlines, isso sim.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

New Orleans, LA








New Orleans não era uma cidade que tinha como objetivo e muito menos interesse em conhecer quando cheguei nos Estados Unidos, porém muitas pessoas começaram a comentar sobre o Carnaval que acontece lá, sobre o clima mega animado, enfim, uma série de fatores. Como visitamos Miami e depois o destino seria o Grand Canyon, decidimos parar no meio do caminho e conhecer a cidade de New Orleans que fica no estado de Louisiana.

A cidade realmente te oferece liberdade comparando com as regras da maioria dos outros estados. Se em New York você não pode beber nas ruas, em New Orleans você pode. Se você não podia fumar nos bares, em New Orleans você pode. New Orleans poderia ser definida como a cidade do "pode tudo", mas nem tudo é mil maravilhas por lá e já te conto o porquê. No primeiro dia fomos visitar uma das principais ruas, cheias de bares, de profissionais do sexo nas casas noturnas, de tudo quanto é tipo de coisa que você possa imaginar. Logo no começo da rua uma galera curtia um grupo tocando jazz. Jazz é uma das características de New Orleans e em todo lugar você pode ouvir tomando cerveja ou só de andar pelas ruas. Na Bourboun Street que a rua que comentei sobre os bares e casas noturnas, paramos pra tomar uma cerveja e comer um hamburguer e ouvir música ao vivo, até aí tudo bem. Quando chegou a conta, $40 dólares. Pois é, $40 dólares por um lanche e uma cerveja. Não tinha no cardápio o lanche e então não tínhamos como discutir o preço. No dia seguinte fizemos um tour pela cidade e uma das guias que conversamos disse que a Bourboun St não é confiável pra nada. Os bares aplicam golpes nos turistas sem ter os valores nos cardápios, cigarros são vendidos velhos e por preço menor e sem taxa, a rua é coberta de golpes e se você visita New Orleans pela primeira vez preste muita atenção em tudo.

Um dos principais bairros é o French Quarter de onde vem boa parte histórica da cidade. Na praça Jackson Square fica a St. Louis Cathedral, a catedral que me apaixonei. Linda, linda, linda e a mais antiga da cidade. Neste mesmo bairro você encontra lojinhas, feirinha de tudo quanto é coisa, entre outros estabelecimentos bem famosos como o Café du Monde. O bairro é uma graça e a arquitetura das casas surpreende.

New Orleans é a cidade onde aconteceu o furacão Katrina há alguns anos atrás e nós fomos visitar a parte atingida. Muitas casas e estabelecimentos ainda tem vestígios do desastre. A cidade em si é pobre e ao ver a parte do Katrina é possível ver ainda mais a pobreza do lugar. As casas, hoje em dia, possuem reforços feitos de concreto e muitos moradores abandonaram as casas depois do Katrina. Outros permaneceram por lá, mesmo com as cortinas de plástico ou com a porta reforçada com madeira. É triste imaginar o que essas pessoas sofreram ao perder tudo. E sei lá se é pior ou melhor, mas o Katrina foi premeditado e ficava quem quisesse. A água do Mississipi River dominou boa parte da cidade, e o vento saiu destruindo tudo.

Num geral New Orleans é bem atrativa, mas não é uma cidade com tanta liberdade quanto as outras partes que já conheci nos EUA. Apesar de ter poucas regras, não fique andando sozinho pelas ruas de New Orleans.

Cidade onde Sandra Bullock mora (passamos na casa dela) e onde Ellen DeGeneres nasceu, New Orleans é cheia de surpresas, negativas e positivas. Por falar nisso, a cidade é bem antiga e carrega várias histórias de espíritos, de voodoos, de casas assombradas, etc. Não faltam tours pra isso. Além disso a cidade é cheia de cemitérios e fizemos um tour dentro de um deles. Muita história pra contar sobre eles. Todas essas coisas "diferentes" fazem parte dos souvenirs da cidade. Demais!

Logo mais publico o post sobre o estado do Arizona (visitando pela segunda vez) e a melhor vista de todos os tempos: o Grand Canyon.

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domingo, 3 de julho de 2011

Miami, Key West, Hollywood - Florida








Férias em Miami e nada muito surpreendente pra comentar. Miami é uma cidade grande (bem grande) com praias, lojas, outlets e tours. Muitas pessoas disseram que Miami era o máximo, que tem que conhecer e tal. Claro, você tem que conhecer, mas depois da viagem pra Califórnia aprendi a não criar expectativas, pois a TV, os filmes enganam muito. Miami um lugar que sim, você precisa visitar, mas não deposite todas as suas fichas. Você pode se decepcionar. Pra mim deu tudo certo e adorei a viagem, mas vai do seu objetivo aqui.

O Hotel que ficamos ficava na 63th st com a Collins Ave. A localização não era ruim, mas pra ir pra outros lugares era preciso pegar ônibus. A Collins Ave é longa, portanto dependendo da altura que você pegar, se você puder alugar carro, faça. Compensa e te economiza um tempão nos passeios. Digo pra alugar carro também, porque o sistema de transporte em Miami é por "ride" e não por tempo, ou seja, a cada vez que você pega custa $2,00 dólares. Não é como na Califórnia que é por tempo. Pra ir para o aeroporto por exemplo você paga $4 dólares, que são dois ônibus.

Miami Beach, uma das praias mais famosas e que é bem bacana. Tem lojas, restaurantes, nada muito além disso. Mas não se pode deixar de visitar e de tirar a foto no relógio que diz dia, mês e ano. O relógio fica na Ocean Drive, a rua que segue todo o calçadão da praia. Na Ocean Drive tem muitos restaurantes pra comer de frente pra praia. Nas praias que visitei nos Estados Unidos não tem quiosque pra comer peixe frito e tomar caipirinha como temos no Brasil, mas no caso da Ocean Drive achamos um restaurante pra comer frutos do mar que era uma delícia. Você também encontra muitas promoções de drinks como Mojitos. Vale à pena pesquisar.

South Beach é onde a galera curte balada, faz compras e curte a praia também. South Beach é bem parecido com o centro de Miami, exceto pela praia.

Em Bayside foi onde encontramos um shopping center num Pier. Na beira do rio você pode comprar, passear e comer. Almoçamos no Hooters e a vista era perfeita. Fica a dica. Em Bayside eles vendem tours para os parques da Disney e Key West, assim como no centro de Miami. Os tours variam de $49 a $200 dólares. Compramos o tour para Key West, a última cidade da Flórida e que fica antes de Cuba. De Miami para Key West são 3 horas de ônibus e é preciso pegar a ponte de 7 milhas de distância que tem uma vista espetacular. A ponte é bem famosa e é só olhar as fotos que é possível entender. Key West é um pingo no mapa. A ilha possui apenas 4 milhas de comprimento e tem mais de 300 bares. As casas seguem o padrão americano por ser feitas de madeira. A cidade em si parece cinematográfica e os bares tem suas características específicas. Em Key West fica o menor bar do mundo e também tem bares com decorações bem criativas como por exemplo o bar que é coberto por notas de $1 dólar. A sobremesa famosa é a torta de limão. Comi, mas achei muito forte. Se você for passar o dia em Key West indico que compre um tour que te deixe livre pra andar pela cidade como fizemos. Key West tem que ser apreciada e fazer um tour de uma hora não compensa. No nosso caso o transporte estava incluso com guia pra ir e pra andar pela cidade com tempo livre então valeu muito à pena. A melhor notícia sobre a ilha de Key West é a praia. Água transparente e QUENTE. Sabia que existia uma luz no fim do túnel sobre as praias nos EUA. Sempre peguei o mar congelando, mas Key West me deixou super feliz. Se for pra Miami já sabe, dê uma fugidinha para Key West. Nem que seja por um dia, você vai gostar. A ilha fica a 90 milhas de Cuba.

Voltando a falar de Miami, visitamos o centro da cidade e a Outlet Dolphin Mall que fica afastada da cidade. Em downtown tem baladas e fácil acesso pra Bayside também. Nada muito diferente do centro de uma cidade grande. Miami, a cidade, é dividida em Miami, Miami Beach, South Beach, Downtown, Airport Area e outras praias. De Miami Beach fomos para Hollywood Beach, outra cidade, com meu amigo que mora em Miami. A praia fica próxima de Fort Lauderdale, a cidade dos ricos. Cada casa linda, grande, muitas mansões. Pra chegar nessa área é melhor de carro mesmo. Hollywood Beach é uma graça. Muitos coqueiros e restaurantes na beira da praia, além da galera andando de bicicleta. Ótima dica pra quem quer relaxar e dar uma boa caminhada.

Acho que Miami foi a cidade que menos falei inglês nesse tempo todo de EUA. A cidade é CHEIA de gente falando espanhol e de brasileiro. Calor, praia e compras, precisava de mais alguma coisa pra atrair a América do Sul e Central? Juro, todas as pessoas que me pediram ajuda nas lojas falavam espanhol e se eu tentava responder em inglês eles não entendiam. Nos restaurantes, nas lojas, todo mundo inclusive os funcionários falavam espanhol, muitas vezes no primeiro contato, depois mudavam porque percebiam que não entendia direito.

O legal de Miami é ver o povo se acabando de comprar. Muitos brasileiros compram pra revender. Uma camiseta da Oakley no Brasil $90 reais, nos EUA $20 dólares (média de $35 reais). Calça Calvin Klein no Brasil de $120 a $900 reais. Eu paguei $9 dólares (média de $16 reais). Sério, muitas promoções, mas a taxa de importo é de 7,5%, o mesmo de New York. New Jersey ainda ganha na menor taxa.

Agora estou no caminho pra New Orleans. Publico sobre New Orleans quando a viagem terminar.

Dicas de viagem em Miami:

Hotel - Lombardy Inn
63th st com a Collins Ave. Tem Walgreens por perto, café brasileiro que o pastel é ótimo, pizzaria e o ponto de ônibus é na porta do hotel.

MIA (Aeroporto) para a Collins Ave - Ônibus número 150, e desce na 41st. Para subir pegar a linha S. A linha S sobe e desce a Collins Ave inteira.
A linha J também serve do aeroporto até a 41st.

Tour Key West - Transporte ida e volta e trolley com guia com tempo livre na cidade, $100. Comprar no Pier em Bayside.

Clima em Miami agora junho e julho - MUITO calor e abafado.

Outlets - Dolphin Mall e Sawgrass. Ambas afastadas de Miami. Cerca de 40 ou 60 minutos de carro e 2 horas de ônibus saindo da Collins.

Espero ter ajudado! :)


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