O blog começou em 2009 com o registro de uma vida de Au Pair e se tornou referência para outras pessoas viverem a mesma experiência. O blog me trouxe novos amigos e uma série de acontecimentos que dão orgulho demais. Hoje temos aqui um resumo de textos aleatórios sobre qualquer assunto. Boa leitura!

domingo, 28 de novembro de 2010

Telefonia Móvel no Brasil

Decidi verificar o quanto é um plano para celulares no Brasil com tudo ilimitado como tenho aqui nos Estados Unidos. Primeiro de tudo, se você quiser minutos ilimitados, mensagens e web, você está sonhando ou você é realmente rico e pode ter essa mordomia. É ridículo. Por que é tão caro? Fora que se o seu telefone é dos melhores, é importante que você tenha seguro, porque segurança, em São Paulo não tem e o número de roubo de celulares/semana é bem alto. 


Não há nenhuma maneira de obter a mesma liberdade que tenho aqui nos EUA. Pago $50 dólares/mês para ter tudo (minutos + mensagens + web) o que fica em torno de R$ 100 reais no Brasil. Para entender o que estou dizendo, se você quiser ter um iPhone com todos os privilégios, está por volta de US$ 300 dólares/mês + $500 dólares para comprar apenas o celular, sem brincadeira. Então, só para  o meu primeiro mês seria $800 dólares, em torno de $1.430 reais. Estou bem chateada com isso e acho um absurdo comparando com os planos de linha comum que as operadoras oferecem. Não tenho um iPhone, mas mesmo se decidir ter o tipo mais simples de celular, teria que gastar muito dinheiro por mês. Os planos para celular deveriam pelo menos valer à pena no Brasil. Nem os valores pra pré-pago são acessíveis. Deveria ser mais em conta sim. As operadoras tem liberdade e cacife pra isso. Me refiro à São Paulo quando digo isso. 


Se alguém conhece algum bom plano para Blackberry ou iPhone por qualquer empresa, por favor me avise. Obrigado!


In English: 


I just decided to check how much is a plan for CELLPHONES in Brazil. First of all, if you want unlimited minutes, messages and web, you are dreaming or you are really rich, then you can do it. It's ridiculous. Why is it so expensive?


There's no way to get the same freedom that I have here in the USA. I pay $50 dollars/month to have everything which it is around $100 reais in Brazil. 


To understand what I am saying, if you wanna have an iPhone with all those privileges it is around $300 dollars/month plus $500 for buying just the cellphone and I'm not kidding at all. So for my first month it would be $800 dollars. I am so upset about it.I won't have an iPhone, but even if I decide to have the most simple kind of cellphone, I'll spend too much money per month.


Plans for cellphone should be at least worth in Brazil. I mean São Paulo when I say that.
If somebody knows some good plan for Blackberry or iPhone by any company, please let me know. Thanks!

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          Muito obrigado por acompanhar minha experiência 
              nos Estados Unidos, e também pelas idéias e 
              pelos comentários vindos do mundo inteiro.

Money nos EUA (Dinheiro)

E você já conhece o dinheiro americano? Não? 
Aqui fica uma brincadeira baseada em notas verdadeiras. 
Divirta-se!







quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A respiração

E num dia ela adormeceu e não queria mais acordar. O remédio era forte, era estranho. Um mundo fechado por uma porta num quarto sem janelas. Faltava ar. Ela tentava voltar ao normal, a respiração travava. Tosse. Não era de gripe, não era de resfriado, era de choro. De tanto chorar as olheiras aumentavam, a boca secava e os pensamentos atordoavam. Insônia. Ela não tinha pra onde ir. Não existia um caminho a não ser o desafio de ser o que ela é: única. Uma razão sem coração que pulsava forte e que confundia o cérebro. Não tinha mais motivo. Ela chorava, esperneava e saia à procura de respostas. De pensamento em pensamento ela sugava a energia que restava e compartilhava. Quando surgiu essa idéia, ela encontrou paz. Era preciso compartilhar. A respiração voltou ao normal, a boca já sentia o gosto da saliva e o encanto despencou em forma de gente. Ela suava. A mão suava, a boca secava de tanta ansiedade. Não tinha um único motivo pra sorrir. Era motivo demais pra um sorriso só. Era escancarado. Era aquele sorriso de brilhar os olhos. Dentro de uma linha do tempo ela encontrou um canto do quarto escuro, e espiou a luz. De pouco em pouco ela degustou o sol, a lua e entendeu o que era compartilhar. Hoje ela não vive no escuro e sorri em grupo. Ela entende. Ela surpreende. Ela era quem sempre foi, no mesmo lugar, com o mesmo coração, mas com uma ambição maior. Ou não. 

Marcela Rios. 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Publicação no Diário de SP - 6


Pela sexta vez o Diário de São Paulo publica um texto meu. Dessa vez falei sobre os problemas sociais e a falta de compaixão do ser humano. A idéia veio de uma foto que uma amiga tirou, Letícia Belchior: 


O link do jornal é:


ou então é só salvar o link do blog e voltar sempre.

Segue o texto publicado:

Descolamento de retina social


Você vê o que te convém. Milhões de pessoas circulam pelas ruas e nós nos sensibilizamos com os objetos, com pedaços de concreto. Tiramos fotos com as estátuas que simbolizam, que são história. Os prédios são lindos, não são? Mendigos passam despercebidos, porque eles nos assustam. A pobreza incomoda aos olhos de quem não vê a essência. Quem se importa com o homem sujo, com a criança que chora, com a mulher grávida que bate no vidro do carro e te pede uma moeda? Os sujos nos assaltam, nos pertubam. Com um português mal falado, com a boca sem dentes eles nos perseguem em cada esquina, em cada canto. Andam em bando, andam sozinhos, mas andam. Parece que a cada minuto devoram o nosso caminho. Eles nos desviam. A pobreza desvia olhares, desvia sentimentos, nos atinge de uma forma direta e covarde. Nos atropela.


Organizações sociais se esforçam para regularizar a situação e diminuir o que os nossos olhos notam. A sopa da madrugada, um abrigo barato, a comida doada, eventos beneficentes, a poesia, o teatro, a cultura e a união que melhora o pouco que nos acerca. Não resolve. Eles se multiplicam, continuam perambulando pelas ruas e se perdem nas drogas, no álcool, na prostituição, na inocência e na criminalidade também. E isso não é um problema brasileiro. É um problema mundial. Em Nova Iorque tem mendigo, no Canadá também. Não é porque eles são bilíngues ou poliglotas que são diferentes. Os erros sociais são sem fronteiras e se alastram pelas divisas sem pedir passaporte.  A vergonha invade.


Religiões, raças, culturas, sexo e estilo de vida. Tantos preconceitos de todos os lados. O olho que nada vê. Nos cegamos para um sorriso, para um abraço e nos rendemos ao lamento da vida alheia. Nos preocupamos com os bens materiais e o que deveria ser humano se torna fútil. Andamos pelas ruas sem notoriedade. Somos sombras vestidas de amargura, insegurança e solidão. A felicidade incomoda e sorrir gera inveja. A que ponto chegamos? A pobreza que domina as ruas domina também o coração das pessoas. Somos fracos, somos frascos de perfume vazio. Somos a sobra, somos o leite derramado. Você é o espelho daquilo que vê.


O que as igrejas pregam hoje em dia com tanta polêmica sobre os padres que devoram criancinhas? O que os políticos oferecem com tanto dinheiro público desviado, mal aplicado? O que aconteceu com o pai que cozinha enquanto a mãe trabalha? Onde estão as pessoas que abraçam outras e não dão aquele tapinha falso nas costas? Aonde foi parar a fidelidade? Por que as pessoas abandonam as outras? Quantas perguntas temos a todo momento e não temos respostas. O sentimento está entrando em escassez e as pessoas não se olham mais. Elas se suportam.


Governantes, militantes, militares, mortais. Não importa o nível, não existe hierarquia para a impunidade.  A compaixão foi estacionada numa câmara fria e obscura e o que hoje nos dá gosto de olhar, nos cega e nos limita. Nos tornamos objetos recheados de vento e de egoísmo. Somos vermes, porque os vermes não notam, não enxergam. Eles devoram.
Dinheiro, ganância e avareza. Aos poucos vamos estreitando nossos destinos e encurtando as nossas relações sociais. Você vê o que os olhos alcançam, mas é preciso ir além. Nas entrelinhas estão o segredo. As pessoas não precisam de um mundo melhor. Elas precisam de um coração guiado pela razão e de um cérebro menos involuntário.  


Afinal de contas, para quantas pessoas você sorriu hoje? 


Formada em Publicidade e Propaganda, moro nos Estados Unidos como Au Pair há um ano e quatro meses. Se quiser acompanhar a minha experiência nos Estados Unidos, basta acessar meu blog: http://umchocolateaupair.blogspot.com ou me seguir no Twitter em www.twitter.com/umchocolate


Marcela Rios


*Foto por Letícia Belchior

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

1 ano e 5 meses

Normalmente publicava sobre cada mês de Estados Unidos, mas perdi um pouco o interesse, mudei um pouco o foco, ando estudando e badalando muito, mas agora me deu vontade de escrever. São 17 meses de experiência nesse país. Não existe uma característica específica pra descrever essa fase, mas a sensação é estranha. Ao mesmo tempo que parece que acabou o jogo, ainda parece que vai rolar a bola. Você fez muito e ainda falta muito. Não sei explicar muito bem. Acredito que agora seja mais a fase da contagem regressiva, isso sim.

Dos lugares que visitei, só falta a Califórnia que vou em março. Não posso voltar pro Brasil sem conhecer San Francisco, o lugar onde acontece o meu seriado predileto, ontem tem o povo simpático e tem a Golden Bridge. Não, não posso deixar de ir, então já está marcada a viagem. Tem outros lugares envolvidos, mas isso conto com mais detalhes depois. Só posso adiantar que é uma viagem e tanto. Talvez aquela pra fechar com chave de ouro. Depois dessa, Brasil. E o frio na espinha? Não vou falar disso. Melhor preservar a tensão.

Final de semana recheado de balada, bar e bagunça. Vou sentir tanta falta disso tudo, mas como todo mundo sabe, não era muito diferente no Brasil. Não sossegava, e acho que não perdi a essência da coisa. Vamos nos divertir, porque a vida é agora. Vamos viver. Aproveitar cada segundo é o meu lema e não posso mudar. Talvez com um pouco mais de moderação por ter outros focos, outras necessidades de gente grande pra resolver, mas vai dar tudo certo. São Paulo, terra da garoa, eu volto pra você, volto de braços abertos. Não venha dizer que é cedo pra celebrar Brasil, porque não é. O tempo voa, e olha só como já voou.

Com esse tempo de experiência no exterior, só tenho a dizer que  me sinto honrada, feliz, realizada. Pisei nos Estados Unidos, morei, vivi, chorei, ri, gritei, fiz tudo o que tinha pra fazer e conheci lugares espetaculares com pessoas maravilhosas. Não me arrependo de nada nesses 17 meses. Muito pelo contrário, tudo o que aconteceu só serviu pra aproximar coisas boas e afastar as que realmente não se importavam com o resultado de tudo isso. Orgulho de ter pisado no Canadá. Eu realizei dois sonhos de criança, da adolescência. Cruzei a fronteira da paz. Rasgo o mapa na unha, mas conheço o que quero conhecer. O tempo é aliado e cura, ajuda, permite, encanta, te ensina.

Desses meses todos, o meu melhor amigo foi o tempo. Ajudou a curar as feridas, a criar novos caminhos e a sorrir olhando pra trás de tudo isso. Estados Unidos, você é tudo o que há de melhor, mas o meu coração é brasileiro, quente, feliz, alegre e é pra lá que vou voltar. Volto pra você em breve, mas até agora você me fez muito feliz e ainda faltam alguns meses pra te desbravar.

Feliz. Chega uma hora que não importa quantos meses você tem, quantos você já chorou, quantos você já sorriu. Importa realmente o que você realizou e até onde a sua força conseguiu chegar.

Parabéns meninas por mais um mês e por cada conquista dia após dia.

Beijos

Marcela.

Fim de semana com a Ju em Croton

Sempre publico os melhores fins de semana aqui, então nada mais justo do que publicar a Ju comigo de novo. Foi perfeito mais uma vez. Obrigada Ju. Amo!

Nossos PJ's = I ♥ NY / Eu ♥ Brasil

Croton-on-Hudson, NY

Croton-on-Hudson, NY

Croton-on-Hudson, NY

Croton-on-Hudson, NY

Croton-on-Hudson, NY - Olha esse céu. Arrasou.

New York City - Niver da Mona

domingo, 21 de novembro de 2010

Monamour's Birthday

Quatro dias comemorando o aniversário da Mona,
mas a festa de sábado em NYC fica registrada aqui.
Parabéns lindona! Amoooooo.

Marquee Club em Nova Iorque.












domingo, 14 de novembro de 2010

Ladrão não tem divisão geográfica

Um passeio em NYC e o que parecia normal vira pesadelo quase na hora de ir embora. Passeando pelo Soho, uma das amigas percebe que a carteira não está na bolsa. Voltamos pelo mesmo caminho para conferir e, talvez, encontrar. Não achamos. Começa então a tentativa de descobrir onde usou pela última vez, onde pode ter caído, como a carteira desapareceu. Cartões, documentos e coisas que significam muito. Roubaram, furtaram, a carteira sumiu. Cartão daqui, cartão do Brasil. Cancelar coisas aqui e lá. Fomos pedir ajuda policial e o guarda pediu pra fazer o boletim de ocorrência. Continuamos e pedimos ajuda pra outro policial. Esse assumiu o caso e ali mesmo começou a investigar. De ligação em ligação, de detalhe em detalhe descobriram que usaram o cartão na loja da frente de onde estávamos. O policial atravessou a rua e foi investigar. Logo mais confirmaram que foram duas mulheres que efetuaram a compra. Tentaram um valor e não conseguiram, daí tentaram outro valor e passou. $248 dólares descontados. Isso é o que conseguimos confirmar que gastaram até aquele momento.

Não sabemos se furtaram ou se a carteira caiu. Independente disso, a falta de caráter e fazer compras minutos depois foram muito bem apresentados. Usaram o cartão de outra pessoa. É roubo, é falta de caráter. Sendo país de primeiro mundo ou não, as más notícias também existem. Existe furto, existe maldade, existe falta de respeito com o próximo.

Ladrão é um ser humano sem coração e covarde a ponto de te machucar ou te deixar pobre. Ele é movido pela ignorância, pelo dinheiro e pela ganância, e o pior é que ele não tem divisão geográfica. Ele anda onde você pisa. Ele pensa o que você nem sequer imagina e se alimenta da tua falha.

Só existe um lugar seguro nessa vida, mas ainda não foi encontrado. Juro que assim que descobrir, eu te aviso.

É válido ressaltar que já fui assaltada em Nova Iorque.
Esse é o segundo episódio que envolve perdas.

Que as empresas devolvam o dinheiro roubado e que aquelas sem-escrúpulos paguem pela idiotice que fizeram. O mundo não gira, ele rodopeia.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Publicação no Diário de SP - 5



Pela quinta vez o Diário de São Paulo publica um texto meu. Escrevi sobre a música popular brasileira que já não toca nas rádios com tanta frequência. Estão americanizando a nossa música. O link do jornal é:


ou então é só salvar o link do blog e voltar sempre.

Segue o texto publicado:

O Brasil é feito de samba, terra de pagode, terra de batuque, terra do axé. Não. O Brasil "era" feito de samba, hoje ele é feito de música americanizada com uma pitada de sertanejo.

Americano acha que o Brasil é samba. A fama vem do Carnaval, da dança do Carnaval. É isso que o samba se tornou, música de época, música sazonal.

Ligo o rádio querendo música brasileira, sintonizo e ouço sertanejo ou Kesha. Cresci ouvindo sertanejo, mas as rádios brasileiras foram dominadas pela música eletrônica, pela música remixada ou pelo sertanejo universitário. Música Popular Brasileira. Música do povo. De um povo selecionado, de um povo culto. Hoje em dia quem ouve MPB é nerd, é inteligente e recatado. Brega não é quem ouve Mastruz com Leite, mas sim quem ouve aquela música lenta com a letra complicada de entender. Muitas pessoas não sabem ao menos interpretar a canção.

Novos nomes surgem todo santo dia, novas bandas, mas boa música é possível contar nos dedos. Um arranjo bem feito, a sonoridade que encanta, uma voz que fascina. Não, o Brasil não provém disso mais. As rádios não tocam mais Marisa Monte, Elis Regina, Cazuza, Alcione, Caetano ou Zeca Baleiro que seja. "Tá tudo dominado". Não que o Brasil tenha que apenas provir de samba e batuque. Capital Inicial, Titãs, Barão Vermelho, Leoni, entre outros, são nomes que encantam com letras que apaixonam.

Tente ouvir algo online e você pode escolher por categoria: Funk, Pop Rock, Lounge, Clássico, Sertanejo, Rock, Alternativo, Latino, Metal, New Age, Reggae, Folk, Internacional, Blues, Dance, etc. O que era para ser uma música, se torna uma confusão de gosto e de barulho. Samba não é mais Brasil, e vice-versa, há um bom tempo. O samba está morrendo. A música está encolhendo. Estamos nos tornando anões culturais. A música brasileira está despencando num abismo que de fato não tem volta.

Prêmios que envergonham. O que a mídia faz hoje em dia para promover um artista está afetando os meus ouvidos. Aquele que é eclético e ainda acredita gostar de tudo que ouve, repense, pois nessa mistura de tudo com todos e de gosto nenhum, não há "shuffle" que aguente e não há nacionalidade que sobreviva.

Que a música volte a ter um gosto de literatura e de poesia. Isso não é ser cafona, nem sem graça. Isso é ouvir música com estilo. A música brasileira americanizou, os instrumentos foram substituídos por uma mesa de som com um cara com fone e as letras não são mais necessárias. Uma palavra ou outra faz o ritmo. Quantas estações de rádio em São Paulo tocam MPB? Responda essa pergunta e me diz se a MPB está morrendo ou não. Um salve para as bandas independentes, que dentro do seu estilo, ainda tentam salvar a Língua Portuguesa.

Formada em Publicidade e Propaganda, moro nos Estados Unidos como Au Pair há um ano e quatro meses. Se quiser acompanhar a minha experiência nos Estados Unidos, basta acessar meu blog: http://umchocolateaupair.blogspot.com ou me seguir no Twitter em www.twitter.com/umchocolate

Marcela Rios

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Montréal - QC - Canadá

Montréal, Canadá. Passar um fim de semana em outro país parece loucura, mas não só parece como é loucura mesmo. Cruzamos a fronteira Estados Unidos - Canadá para passar dois dias desfrutando do sotaque francês e das paisagens perfeitas que Montréal oferece. Um pedaço de Paris dentro do Canadá.

Montréal é uma ilha que fica no Rio São Lourenço e tem a segunda maior população francófona do mundo, perdendo somente para Paris. É a cidade considerada mais europeia da América do Norte. O idioma predominante é francês e a sinalização é praticamente toda em francês. Vale lembrar que existem placas com os dados em inglês também, mas a escrita em francês deve ser maior. As cidades africanas Kinshasa e Abidjan possuem uma população maior que Montréal e tem o francês como idioma oficial, porém não é entendido ou falado pelas duas cidades. Em Montréal existe a Lei 101, que faz do francês a língua da maioria dos habitantes. Alguns habitantes possuem o inglês como idioma, mas o francês é predominante.

A cidade possui dois sistemas de educação pública, uma para quem tem o francês como idioma materno e outros para os que falam outro idioma. Possui um número muito grande de estudantes, por ter quatro universidades muito conhecidas na América do Norte. Uma delas é a Universidade Mc Gill que fomos visitar.

Sobre os nomes das ruas de Montréal, o francês predomina por lei, mas alguns dos nomes ainda possuem palavras em inglês, como "Mc Gill College". Eles não utilizam "Rua XXXX, Avenida XXX". As placas possuem os nomes diretos como "Saint-Lawrence" e não "Rue Saint-Lawrence". Isso nos dificultou para usar o GPS. Uma hora não sabíamos se era rua ou avenida, se era leste ou oeste. Aos poucos você pega o jeito e consegue entender bem como a cidade funciona. Fique atento ao endereço completo do lugar. Uma letra pode te levar para o outro lado da cidade. Não é muito longe, mas te faz perder tempo.

Nós alugamos um carro que acho que é a melhor opção. Você visita tudo muito mais rápido e economiza tempo para as compras e passeios.

Montréal possui uma das maiores vilas gays da América do Norte e o segundo maior evento de Orgulho Gay, o que no Brasil nós chamamos de "Parada Gay". O hotel que ficamos é localizado no Village, o bairro gay de Montréal e que deixa nítido pelas bandeiras espalhadas pela rua e também pelas cores do arco-íris. A maioria das atrações são voltadas para os homens.

Quando chegamos na cidade um policial saiu correndo do carro, e tirou a garrafa de cerveja da mão de um cara e jogou fora. Nos assustamos, mas é só pra citar que Montréal é uma das cidades mais seguras da América do Norte. A noite em Montréal é agitada e com gente muito bonita. Pra quem gosta de vida noturna, vai adorar. Nós aproveitamos a noite, exceto a Gabi que desmaiou e não acompanhou a gente.

Dentre os lugares que visitamos estão a Basílica de Notre-Dame, o Oratório de São José, o Estádio Olímpico, o Jardim Botânico, o Templo, etc. Deixo as fotos pra vocês entenderem o quanto foi lindo visitar esse lugar. E se você quiser visitar Montréal, vá e aproveite. Lembre-se que o francês vai ficar na sua cabeça por uma semana.
A fronteira.
Village - A vila gay.

Village - A vila gay.

Village - Dizeres em Francês na livraria da vila gay.

Marceé Bonsecours - O centro de compras.

Mc Gill College - A Universidade.

Praça Jacques-Cartier.

Estátua de Ju Ming - Simbolismo.

Parque Jardim Botânico.

O templo Chinês.

O templo Chinês.

Sinalização em Francês.

Oratório de São José. Um lugar indescritível.

A Torre do Relógio.

Mc Gill College - A Universidade.

Sinalização em Francês.


O Estádio Olímpico. Parece que foi esculpido.

Não deixe de visitar também o Parque Jean Drapeau, onde tem a Biosfera de Montréal.

Observações pessoais sobre a viagem: o cheiro do quarto, o bilhete no travesseiro, o guarda da imigração que quase virou nosso guia, as 50 sacolas de comida, a câmera do chinês, o chinês espertinho, foram 4 voltam 3, os bares, o GPS que tem um barulho irritante e o francês que está apitando no ouvido até agora: Bon Jour, Au Revoir, Mon Amour, Arrêt, Ouvert, Fermé, Nord, Sud, etc.

Patrícia, Monalisa e Gabriela, nós chegamos juntas num país estranho com a língua estranha e neste fim de semana comprovamos que a vida realmente é curta, que não existe barreiras entre culturas e o conhecimento, e que aproveitar cada momento é a melhor forma de ser feliz. Obrigada pelas boas risadas e pelo ótimo fim de semana num dos melhores lugares que já visitei na minha vida. Nós conseguimos!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Outono

O outono é lindo, mas faz uma sujeira absurda. 
As folhas se tornam a diversão da criançada.





Globo Internacional - O presente

E esse foi o presente que a Globo me mandou por participar da Promoção da Turma da Mônica em Nova Iorque. Muito obrigada! =)


E quero deixar registrado aqui que hoje é dia de cruzar a fronteira. Dessa vez vamos para Montreal - Quebec, Canadá. Vamos eu, Monalisa, Gabriela e Patricia. Pra quem me conhece bem, sabe que Canadá é um sonho bem antigo. Ao conseguir o visto, as mãos tremiam e suavam. Consegui. Mais um passo à frente, mais um país, mais um sonho. Conto na segunda-feira como foi essa aventura.

Beijos!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Publicação no Diário de SP - 4



Pela quarta vez o Diário de São Paulo publica um texto meu. "Você é o que você diz". O texto é sobre Xenofobia. Para quem se interessar, o link do jornal é:
http://www.diariosp.com.br/_conteudo/2010/11/12169-voce+e+o+que+voce+diz.html

ou então é só salvar o link do blog e voltar sempre.

Segue o texto publicado:

Você é o que você diz

A estudante Mayara Petruso, publicou em seu twitter uma frase de estereótipo pejorativo, a qual causou repercussão e provocou a demissão da mesma e a revolta dos brasileiros. Mayara publicou a seguinte frase "Nordestino não é gente, faça um favor a SP, mate um nordestino afogado" se referindo à vitória de Dilma Rousseff. É válido lembrar que além de ter sido infeliz com o seu comentário, a estudante não se informou sobre os números da eleição. Com ou sem nordestinos, Dilma estava eleita nas outras regiões. Mas a questão é outra.

Esse tipo de atitude chamamos de xenofobia. Xenofobia está relacionada à raças e culturas e pode ser considerada doença, do grupo de pertubações fóbicas. Normalmente está associada aos imigrantes, aos estrangeiros, mas também se inclui divergências sobre raças, culturas e crenças. O ódio despertado pode gerar preconceito, mas nem todo preconceito é xenofobia.

Não me assusta o que o comportamento humano causa ao próximo. Atitudes comportamentais que interferem, que prejudicam e que causam raiva. Frases que se propagam com força e causam desconforto. Ações não benéficas. Por que não propagar coisas válidas e que compensam para a sociedade? Isso seria brega demais, não é? Gente de "cabeça pequena".

Nós falamos. Nós somos o que falamos e a lei pune enquanto houver provas. Atente ao que alimenta o teu ócio e não se assuste com o retorno. Faça o bem, e o bem virá. Numa frase infeliz, a estudante virou processo e demissão. Duas palavras que se expandiram pela rede de relacionamentos, assim como a sua frase infeliz.

Existem inúmeros casos de preconceito, de xenofobia e de ignorância no mundo. Mayara foi um deles que se tornou público e teve consequências. Já tivemos os casos de buyilling também, que é uma vergonha.

Intimidar, envergonhar, prejudicar. Enquanto os verbos não forem do bem, as pessoas também não serão. Da mesma forma que existe uma corrente para o pejorativo, que exista força para quebrar isso.

Parabéns aos que antes de falar, não apenas pensam, mas se conscientizam do eco que isso faz na sociedade. O Brasil é um país de todos, de todas as raças, de todas as culturas. Não tem necessidade alguma de se tornar o país de todos os tolos.

Formada em Publicidade e Propaganda, moro nos Estados Unidos como Au Pair há um ano e quatro meses. Se quiser acompanhar a minha experiência nos Estados Unidos, basta acessar meu blog: http://umchocolateaupair.blogspot.com ou me seguir no Twitter em www.twitter.com/umchocolate

Marcela Rios

*Algumas das informações do texto foram retiradas do site Wikipedia.com