O blog começou em 2009 com o registro de uma vida de Au Pair e se tornou referência para outras pessoas viverem a mesma experiência. O blog me trouxe novos amigos e uma série de acontecimentos que dão orgulho demais. Hoje temos aqui um resumo de textos aleatórios sobre qualquer assunto. Boa leitura!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

The Bridge - O documentário sobre a Golden Gate (Suicídio)

Este post é destinado para as pessoas que se sentem de mal com a vida. Sempre existe uma solução. Sempre! Acabar com a sua vida não te traz sorriso e nem paz, muito menos aos seus familiares. Se onde você está as coisas não estão como deveriam ser, procure outra saída pra ser feliz. Você vai encontrar. A intenção aqui é publicar auto-estima e divulgar as informações sobre um dos pontos turísticos mais famoso do mundo: Golden Gate Bridge, em San Francisco, California, o qual eu tive o prazer de conhecer.



Relembrando de quando fui para San Francisco, California, o tópico agora é polêmico, triste e assustador. A Ponte de San Francisco, a Golden Gate tem o maior número de suicídios no mundo.

Durante um ano, o cineasta Eric Steel prontificou sua equipe para acompanhar o comportamento das pessoas na Golden Gate, e o resultado das filmagens foi assustador. Muitas mortes registradas, e algumas você pode acompanhar no vídeo, no final do post. Quando registravam suspeita de suicídio, a equipe chamava a polícia e mesmo assim, não era tempo suficiente para evitar tal tragédia.

Durante o filme, uma pessoa pulou a cada 15 dias da ponte, e o filme foi banido por algum tempo para não forçar outras pessoas a cometerem o mesmo erro. Steel disse que a intenção dele era captar o poder, a estrutura espetacular da ponte e a natureza todos os dias, mas ninguém realmente sabe qual era a intenção dele com esse documentário.

No documentário existe depoimentos dos familiares de quem pulou. Nem todos os familiares aceitaram participar, mas existe a teoria de que todos ao menos já assistiram o vídeo.

O roqueiro Gene Sprague passou 90 minutos andando pela ponte antes de pular. Depois que sua mãe morreu de câncer, ele idealizou o fato de se suicidar. Se mudou de San Francisco pra St. Louis tentando recomeçar a vida, mas não excluia a ideia de pular da ponte ou de se deitar nos trilhos do trem. Como o caminho feito pelo roqueiro foi ida e volta, como qualquer turista faz na ponte, não assumiram a possibilidade dele pular.

Os depoimentos dos familiares são objetivos e em alguns casos um tanto confusos. Alguns disseram que o "jumper" (nome dado a quem pulou da ponte) tinha depressão ou esquizofrenia. Na minha opinião, isso é relativo. Algumas famílias usam a doença como justificativa para amenizar a dor.

Até que ponto alguém se sente tão miserável para acabar com a própria vida? E por que não dar a volta por cima? Por que não lutar contra a própria tristeza e vencer?

Hoje no UOL publicaram uma matéria sobre suicídio, onde uma pesquisa feita pelos americanos e britânicos informa que países mais felizes induzem a um número maior de suicídio. Vamos lá:

"A nova pesquisa concluiu que várias nações - entre elas, Canadá, Estados Unidos, Islândia, Irlanda e Suíça - apresentam índices de felicidade relativamente altos e, também, altos índices de suicídio.

Variações culturais e na forma como as sociedades registram casos de suicídio dificultam a comparação de dados entre países diferentes.

Levando isso em conta, os cientistas optaram por comparar dados dentro de uma região geográfica: os Estados Unidos.

Do ponto de vista científico, segundo os pesquisadores, a vantagem de se comparar felicidade e índices de suicídio entre os diferentes Estados americanos é que fatores como formação cultural, instituições nacionais, linguagem e religião são relativamente constantes dentro de um único país.
A equipe disse que, embora haja diferenças entre os Estados, a população americana é mais homogênea do que amostras de nações diferentes."

Informações do Uol:

Utah: Os dados mostraram que Utah é o primeiro colocado no ranking dos Estados americanos em que as pessoas estão mais satisfeitos com a vida. Porém, ocupa o nono lugar na lista de Estados com maior índice de suicídios.

Nova York: Nova York ficou em 45º no ranking da satisfação, mas tem o menor índice de suicídios no país.

Havaí: Segundo lugar no ranking ajustado de satisfação com a vida, mas possui o quinto maior índice de suicídios no país.

Nova Jersey: Ocupa a posição 47 no ranking de satisfação com a vida e tem um dos índices mais baixos de suicídio - coincidentemente, ocupa a posição 47 na lista.

"Esses contrastes sombrios podem aumentar o risco de suicídio. Se seres humanos sofrem mudanças de humor, os períodos de depressão podem ser mais toleráveis em um ambiente no qual outros humanos estão infelizes".

Então se a sua vida não está tão boa quanto a do próximo, você deve deixar tudo a perder e se matar? Claro que não. Nós somos humanos e estamos no terra pra uma missão, nos conhecer e conhecer ao próximo. Precisamos aprender a conviver com os defeitos e com a amargura. Todo mundo erra, mas acabar com a própria vida é um erro irreparável e você nunca terá como se perdoar. Ninguém é dono de ninguém e muitas pessoas se tornam tão egoístas a ponto de ignorar um abraço e um sorriso. O mundo se tornou uma máquina de fazer dinheiro onde a compreensão e a solidariedade estão em extinção.

Confesso que enquanto morava no Brasil achava a coisa mais absurda tomar calmante pra dormir. Quem realmente tomava, porque não conseguia dormir mesmo até entendia, mas quem tomava a ponto de se drogar e "apagar" não me agradava não. Ao morar nos Estados Unidos, presa entre quatro paredes, longe de todo mundo que amava, entregue a uma vida que fui eu mesma que escolhi, ao me decepcionar com essa solidão e com pessoas que amava, me entreguei aos calmantes. Durante 2 meses só dormia na base de calmante. Me senti inútil, triste e sozinha. Mesmo assim buscava forças pra alegrar quem estava por perto e não me deixei cair. O que eu sentia era problema meu e o tempo poderia me dar a resposta se era certo ou não cuidar de mim mesma. Hoje, meses depois, tenho o resultado. Dois anos morando fora, me conhecendo por inteira consegui quebrar uma das maiores barreiras da minha vida: a minha independência.

Ninguém gosta de viver sozinho, mas nós temos que nos conhecer, nós temos que nos permitir a viver o que nós somos e aos poucos, ao nos descobrirmos, nós criamos conceitos, estratégias e caminhos para uma vida melhor. Somente com o tempo nós podemos diferenciar o bom e o ruim, o doce e o amargo. Se a sua vida está uma droga agora, respire fundo. Você tem como melhorar isso.

Nossa auto-estima é como um pilar, e quando estamos muito depressivos queremos colocar um fim nisso e derrubar esse pilar. Fim de namoro, briga com a mãe e com o pai, discussão no trabalho, tudo isso é lição para amadurecer. Com o tempo você descobre que seu problema nem era um problemão e que você é capaz de muito mais do que você podia imaginar. A sua vida não se resume ao que os outros te oferecem, mas sim ao que você cria dentro de você. Não dependa do que outras pessoas te proporcionam. Use apenas carinho, amor, harmonia como mérito de uma vida de paz, não como dever e obrigação.

É claro que entendo que nem todo mundo tem psicológico pra aguentar certas coisas, mesmo porquê tem gente que sofre mesmo de depressão e esquizofrenia como foi dito no filme. E isso não tem como evitar. Talvez até tenha, mas é mais difícil.

Os Estados Unidos tem um número muito alto de suicídio, e não sei explicar o porquê disso. Talvez o individualismo, a independência sob pressão e outros fatores forçam e prejudicam o comportamento do ser humano.

Num momento de dor e de sofrimento ore, peça muito a Deus e para o seu interior mesmo que tudo dê certo no final e que você possa ganhar forças para incentivar outras pessoas a sorrir e comemorar vitórias.

Que essas pessoas que não conseguiram encontrar forças pra se reerguerem estejam em paz e que você, que pensa em fazer um merda dessa, ligue o som e cante uma música bem alta pra espantar todos os males. O mundo é lindo demais e você ainda tem muito o que viver. Bola pra frente!

Cante, dance, curta, viva... mesmo que seja sozinho. A felicidade é sua, e compartilhar é uma questão de escolha de todo ser humano.

Um beijo!

Marcela Rios (M's)


Vídeo sobre o documentário da ponte:




2 comentários:

  1. Perfeito Má!
    Suicídio é só uma amarga ilusão de que podemos acabar com nossos problemas,na verdade quem faz isso só está triplicando-os!
    Só Deus mesmo, é desesperador imaginar o que se passa na mente dessas pessoas, muito triste...

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  2. Como sempre, arransando com os seus posts. Lindo! Escrito por uma pessoa linda em todos os sentidos. Adoro ler tudo o que você escreve - sempre muito alto astral. Beijo. Te amo!

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M's