O blog começou em 2009 com o registro de uma vida de Au Pair e se tornou referência para outras pessoas viverem a mesma experiência. O blog me trouxe novos amigos e uma série de acontecimentos que dão orgulho demais. Hoje temos aqui um resumo de textos aleatórios sobre qualquer assunto. Boa leitura!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

HOPE


(Foto: Eu em Washington - DC, em 2009. Memorial da Segunda Guerra e Lincoln Memorial)
Olá blogueiros,
Faltam 16 dias pra estar no Brasil. Parecia uma eternidade quando comprei as passagens, e pensava “Nossa, como demora!”. Hoje vejo que o tempo é nosso maior aliado e ao mesmo tempo nosso maior inimigo. Aliado por passar rápido e nos mostrar o bons resultados das ações, mas por outro lado, ele parece tão lento, tão impetuoso que até nos machuca. Me sinto um pouco melhor, encontrando respostas mais sábias, me apoiando nas palavras de amigos e familiares e seguindo. É normal que eu tenha fase deprê, eu não sou de ferro e estou há sete meses longe das pessoas que mais amo nesse mundo. Estou vivendo o que chamamos de PESSOAL X PROFISSIONAL. Investir num futuro, morar fora, estudar outro idioma e ao mesmo tempo deixar todos os amores na outra ponta do mapa. Às vezes me pego pensando no quão louca pude ser quando assinei o contrato. Por outro lado penso o quão corajosa pude ser em tal decisão.
Mundo maluco esse não? Isso é viver e se descobrir. Nós sempre estamos nos descobrindo, e quase sempre nos surpreendendo.
Escrever nesse blog é uma terapia sem tamanho e parece que alivia um peso de 300 toneladas das costas. Eu não espero que ninguém venha “ó coitadinha”, e nem espero alguém pra dizer “uau, que máximo”. Escrevo o que me dá na telha e compartilho a experiência de viver longe, de conhecer o novo e de passar um frio lascado rs. Por falar em frio, ontem de manhã estava em -12º graus Celsius. Puta merda, pra que tudo isso não é mesmo? Daqui a pouco passa uma nevasca aqui. Sai fora.
Por falar em nevasca, me lembrei do terremoto no Haiti. No curso novo, tenho uma colega de sala que é de lá. Nunca achei que pudesse ter alguém tão próximo vivendo a tristeza do que aconteceu por lá. O nome dela é Janete, ela disse que perdeu amigos queridos e que por sorte os familiares mais próximos tinham se mudado pra cá também, então ela não chegou a perdê-los. Só de me explicar o que sentiu e o que vive o povo do Haiti nesse momento, ela quase chorou. Foi bem triste mesmo, mas logo mudamos de assunto pra ela não piorar. Ela me parece ser uma boa pessoa, e como qualquer outro ser humano numa situação dessas, está sensível, triste e carente.
Isso serve de lição. Nós reclamamos tanto de algumas coisas na nossa vida, mas acreditem, existem pessoas sofrendo muito mais. Como diz o meu host “enquanto não há morte, sangue ou hospital envolvido, está tudo bem”. E se for parar pra pensar, até que ele tem razão. Sei lá, como diria Joseph Climber, “a vida é uma caixinha de surpresas”.
Saudades galera.
Um beijão.

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