O blog começou em 2009 com o registro de uma vida de Au Pair e se tornou referência para outras pessoas viverem a mesma experiência. O blog me trouxe novos amigos e uma série de acontecimentos que dão orgulho demais. Hoje temos aqui um resumo de textos aleatórios sobre qualquer assunto. Boa leitura!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Brazilian Day em NYC











O maior evento brasileiro no exterior aconteceu no dia 05 de setembro de 2010, e claro, eu estava lá. Depois de curtir Ivete Sangalo no Madison Square Garden, no dia 04, já emendei com a energia brasileira do Brazilian Day em New York. 1,5 milhão de pessoas na sexta avenida, num sol do caramba, curtindo Zezé di Camargo e Luciano, Margareth Menezes, Luciano Huck, Ana Maria Braga, gente pagando mico e Carlinhos Brown.

O evento é bacana, traz muita energia boa pra quem mora no exterior, mas nem tudo são flores, e é preciso falar. Primeiro organiza-se fila pra cada bloco. No primeiro bloco, onde estávamos aconteceu da seguinte forma: primeiro uma fila gigantesca antes de entrar e ficar de frente pro palco. Teve gente que chegou muito cedo e isso não foi vantagem alguma, porque muita gente passou na frente. A galera entrou, começou a se acomodar de frente pro palco, mas ainda tinha um outro espaço perto do palco. Do nada, pediram pra que a gente voltasse e entrasse na outra parte. Resultado? Começou o empurra-empurra, trombamos até na lata de lixo. Os seguranças tentaram organizar e acalmar o povo, mas brasileiro não ouve. E nesse caso, acho que fingia que não entendia o inglês. Aos poucos fomos nos organizando literalmente na frente do palco, coladas na grade. Muita gente xingando, e com razão, afinal os organizadores falharam. Teve gente que ficou pra trás mesmo madrugando no evento. Outro ponto era que não podia sair do bloco em que você estava. Se você entrou, reza, porque de lá você só podia sair quando realmente tivesse certeza de que não iria voltar. Uma vez fora, não entrava mais. Claro que sempre tem um jeitinho brasileiro de se resolver as coisas, mas dava certo um no meio de um milhão. Vai de sorte e coragem. Vi policial agarrando gente pelo braço, porque tentava furar fila, vi menina chorando, porque perdeu lugar e tentava voltar. Foi uma mistura de desorganização e raiva no começo do evento.

A festa estava marcada por volta das 13:30h, e começou às 15h. Ficamos uma hora e meia no sol esperando, mais as 2 horas que já estávamos lá tentando entrar, sem nem sequer uma musiquinha. Se o povo já estava em clima de festa, por que não deixar rolar um som? Eu me diverti, porque estava muito bem acompanhada e já sabia como funcionava o evento, mas muita gente ficou bem decepcionada. Beleza, começou o evento falando do Zezé di Camargo e Luciano e nada. Enrolaram a gente até cansar, e então apareceu o Luciano Huck. O cara manda muito bem como apresentador e está de parabéns. Conseguiu enrolar o povo quando teve que enrolar, gravou o Caldeirão, ele é cativante. A dupla Zezé di Camargo e Luciano cantou, ficamos mais um tempão esperando rolar outro som, e daí então Margareth Menezes cantou (lendo) o hino, mais espera e aí sim Carlinhos Brown. Nesses intervalos tivemos falha do som. Se não era um barulho infernal, era o microfone que falhava. Na minha opinião o evento teve pausas demais por nada. O povo cansou, desistiu. Muitas pessoas não aguentaram a demora. Era ridículo. Até papo com os câmeras a gente trocou, pra vocês terem idéia do que eu tô falando.

Por outro lado, o Brazilian Day em si tem uma proposta muito bacana. A música brasileira deve sim ser levada pra fora do país. Muitos brasileiros moram fora, e outra que é uma forma de divulgar nossos artistas. Tudo bem que Zezé di Camargo é da minha infância, mas e daí?! Fazem sucesso, e merecem sim levar o sertanejo por aí. Ano passado foi a vez de Vitor e Léo, então tá valendo. Música não tem barreiras. Deve ser passada adiante, agrade a quem agradar. Disso não tenho do que reclamar.

Eu amo o povo brasileiro, mas se tem uma coisa que precisamos cultivar, ou melhor, incentivar, é o RESPEITO. Qualquer coisinha no evento era motivo pra vaia, pra dizer "fora". A apresentadora era americana e irritou o povo fazendo piadinhas sobre o sotaque brasileiro. Lá se foi motivo pra vaia. Não é bem por aí que as coisas funcionam. Fora o lixo que acumulou nas ruas de NYC. Caramba! Andando pelas ruas depois do evento, vimos um "tornado" de lixo. Isso mesmo. O lixo que caiu sobre a ventilação do metrô, começou a subir e rodopiar no ar. Parecia cena de filme sim, e seria cômico se não fosse vergonhoso. Tanto lixo, mas tanto lixo. Os americanos tirando foto e comentando "olha isso". Estamos num país que não é nosso, não custa nada do que pelo menos preservar. Infelizmente não houve respeito não. Gritaria, sujeira e empurra-empurra não fazem parte da cultura americana e não cabe ao brasileiro ensinar isso com gosto, porque não é nada estiloso. É vergonhoso, e muito.

Só sei que dentro de todos esses pontos de vista, me diverti demais, ri como nunca, pulei e dancei até meus pés virarem bolhas. Encontrei gente que já conhecia, me encontraram, me acabei. Fora o que eu ouço dessas meninas né?! Tem cada uma.

Dentre tudo o que vivi nesse fim de semana de Brazilian Day, o melhor foi registrar os furos de reportagens. Olha só: 

- Minha amiga 1 pagou $20 dólares num vestido novo, comprou calcinha nova e um BRASILEIRO deixou ela dormindo sozinha no colchão no chão e foi dormir no sofá. Nem conchinha a coitada ganhou, hahaha... me fala, que mundo é esse?!

- Minha amiga 2 pagou também $20 dólares num vestido novo, comprou calcinha nova e um outro BRASILEIRO deixou ela dormir na sala.

- Uma amiga bêbada viu o tornado de lixo e disse "Estamos em Nova Iorque. Ventos há 125 km/h. Veja só esse hurricane (furacão)".

- Uma amiga pediu desculpas para os caras do bar, porque estava bêbada.

- Uma amiga contou coisas íntimas para outras pessoas desconhecidas.

- O mundo é gay e tem mais lésbicas nesse mundo do que você pode imaginar.

- Algumas caminharam quarteirões pra ir buscar um carregador num bar chamado Aperitivo.

- Fui pedir dica para o querido policial Lopez (o qual nunca vi na vida) e ele saca uma câmera digital e diz "Eu só te falo se você tirar uma foto comigo". Ou seja, existem policiais armados de câmeras digitais só pra tirar foto com os turistas. Inacreditável. Eu ri demais.

- Alguém torceu o pé SEM SALTO. O efeito disso tem nome: álcool.

- Tem gente que foi pra churrasco de desconhecidos e voltou mais conhecida que nota de um real hahaha.

- No sábado tocou a banda "Ai Delícia" e eu lembrei da Fernanda Araújo TODA HORA!

Não vou mais dar detalhes, porque preservo a amizade hahaha. Mas me diverti demais.

Um beijo gente!

Um comentário:

  1. UHauhauhauhauahahuahhahahahahahahahaha. Preserva a amizade, mas meu nome tá lindamente estampaaaaaado ai no post hen.

    hahahhaha
    LINDAAAAA

    Hoje subi a Verbo pensando "como queria ver a M´s hoje!"

    beijo no heart.

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